Existe um consenso relativo aos conteúdos da evolução da História como uma disciplina autônoma a partir do século XIX. Segundo este, a História privilagiava a dimensão política, e estaria comprometida com um viés nacionalista, possuindo uma concepção muito estreita sobre o que considerava ¿fatö e ¿fontes¿. Ainda no século XIX, passou a existir uma atitude crítica em relação a esta maneira de fazer História, que culminaria na fundação da revista Annales, em 1929. Estabelecia-se uma renovação nos estudos históricos, caracterizados por maior integração da História com as Ciências Sociais, cujos desdobramentos deram origem à Nova História. Este livro discute esta forma de concepção do desenvolvimento da História da historiografia contemporânea. Examina, em primeiro lugar, a formação de um setor do conhecimento no interior da História como disciplina, os estudos historiográficos, ou seja, o estudo da história dos escritos históricos, métodos, interpretações e suas controvérsias. Reexamina, à luz da história dos estudos históricos gerais, a historiografia sobre a Nova História e seu posicionamento no contexto da História da historiografia contemporânea. Por isso, este livro pode ser também considerado um balizamento para a construção de uma história das histórias gerais da historiografia, procurando incorporar algumas das principais perspectivas historiográficas contemporâneas.
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