No contexto da crise ambiental mundial, a Amazônia desponta como região-símbolo de uma natureza que se supõe intocada na maior parte de sua extensão. A atenção despertada sobre a sua biodiversidade e riquezas naturais não permitirá que ela permaneça incólume às investidas do grande capital, face ao discurso generalizado de que a região constitui-se em um grande vazio humano, a ser tutelado pela sociedade mundial enquanto fonte de recursos e de prestação de serviços ambientais essenciais. O objeto definido para o presente estudo consistiu na investigação das interações humanas e ambientais necessárias à organização de sistemas econômicos indígenas na região do Alto Rio Solimões, com o objetivo de se verificar os seus componentes, a sua dinâmica e até que ponto esses elementos se articulam com a proposição de sustentabilidade ambiental, econômica e social.