Para Gilbert Hottois, o humanismo do futuro é técnico-científico e exprime-se naquilo a que hoje se chama transhumanismo, homem aumentado ou Valorização Humana. Apresenta-se como um humanismo, porque é o humanismo progressivo que nos permite integrar as revoluções tecnocientíficas, restaura o sentido e a esperança numa pós-modernidade errática e nostálgica do passado pré-moderno. Permite-nos cristalizar problemas e riscos muito consideráveis. Não se trata para nós de fazer uma recordação histórica ou uma simples descrição, mas sim de um desafio para agir e adoptar esta nova revolução. O objectivo desta investigação é uma proposta de tecnoprogressismo, que se refere a uma filosofia que advoga e adopta a utilização de todas as novas tecnologias para melhorar radicalmente a condição humana: extensão da vida humana, melhoria das capacidades físicas, sensoriais, cognitivas e emocionais, etc. O objectivo não é uma humanidade perfeita, nem uma espécie de super-humanidade estúpida que teria sempre um sorriso no rosto, mas uma humanidade satisfeita com os seus valores.