Filosofia e utopia entre os africanos é, sem dúvida, uma pesquisa renovadora nos estudos que se referem à África contemporânea, estimulante, aberta para novas reflexões sobre a história do pensamento político e filosófico, focalizando o tema do Ubuntu: eu sou porque nós somos e a lógica dos conceitos interdisciplinares a ele vinculados. A discussão sobre o ser tem a ver com aquilo que ainda não se deu, em particular, sobre o homem quem é ele. O que Ngoenha e Ki-Zerbo tiram de Bloch nesse fato utópico e empírico, é a expectativa do ainda não. Essa aproximação é atestada nas reflexões consagradas aos afetos expectantes, principalmente, a confiança no futuro. Mas qualquer futuro apoia-se no presente. A análise deve ajudar aos jovens estudantes e pesquisadores em ensino de filosofia com habilitação em ensino de história a clarificar a função positiva do gosto da descoberta e da utilização construtiva dos saberes tanto filosóficos como utópicos, e deve resultar muito útil estendida aos cidadãos e suscitando a sua prática leva-os a fazer uma renovação social. O presente livro trata de uma questão basilar para ação ética, política e moral do sujeito: inventar novos horizonte.