O livro aborda o processo em curso de subjetivação coletiva na Bolívia no trato dos movimentos sociais indígenas cujas formas organizativas e ações políticas estão vinculadas à questão étnica. Dentro do contexto histórico da crise do paradigma civilizatório da modernidade neoliberal, encerra-se um processo de profunda alteração do fundamento classista na constituição das identidades culturais no país andino. Uma nova morfologia do trabalho se impõe a partir da aplicação da agenda neoliberal e do enfraquecimento do Estado nacional boliviano. O processo de desindustrialização decorrente deste fenômeno impele-nos a pensar em novas configurações do mundo do trabalho, que afeta o sentimento de pertencimento identitário das classes subalternas. Na virada do século, os povos originários da Bolívia reivindicam-se "índios" no processo de reemergência étnica verificado em "Nuestra America". A modernidade é questionada em seus pressupostos ontológicos e epistemológicos assim como a civilização ocidental que dela decorre. Contra um visão bastarda do mundo, colonialista em sua essência, aymaras e quechuas reivindicam um pensamento originário na afirmação de um novo mundo possível: Qollasuyo.
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