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A ausência de espermatozoides em amostras coletadas de vítimas de estupro deixa uma lacuna quanto à determinação da autoria do delito e até mesmo quanto à tipificação do crime. Existe, no entanto, a possibilidade de que o material vaginal, nesses casos, apresente células de origem masculina. Na amplificação para STRs autossômicos em amostras com mistura de DNA com proporções superiores a 50:1, no entanto, o perfil genético do doador minoritário não é visualizado. Técnicas moleculares usando Y-STRs representam uma alternativa viável nesses casos. Com o objetivo de avaliar a amplificação efetiva…mehr

Produktbeschreibung
A ausência de espermatozoides em amostras coletadas de vítimas de estupro deixa uma lacuna quanto à determinação da autoria do delito e até mesmo quanto à tipificação do crime. Existe, no entanto, a possibilidade de que o material vaginal, nesses casos, apresente células de origem masculina. Na amplificação para STRs autossômicos em amostras com mistura de DNA com proporções superiores a 50:1, no entanto, o perfil genético do doador minoritário não é visualizado. Técnicas moleculares usando Y-STRs representam uma alternativa viável nesses casos. Com o objetivo de avaliar a amplificação efetiva de Y-STRs em amostras com mistura de DNA, foram analisadas 150 amostras sem espermatozoides coletadas de vítimas femininas de estupro. Verificou-se que em 43% dos casos selecionados foi detectada a presença de DNA de origem masculina. As amostras foram submetidas à detecção do antígeno prostático específico (PSA) e amplificadas para 16 Y-STRs. Os resultados obtidos mudaram a rotina do Instituto de Pesquisa de DNA Forense da Polícia Civil do Distrito Federal, que passou a analisar geneticamente amostras coletadas de vítimas de estupro, mesmo na ausência de espermatozoides.
Autorenporträt
Karla Angélica Alves de Paula, filha de José do Rêgo Alves e Terezinha Angélica Alves; natural de Santana-BA; nasceu em 13/02/1967; graduou-se em Ciências Biológicas na UnB em 1990; é Pós-Graduada em Genética Humana pela UnB, 2004 e Mestre em Ciências Genômicas e Biotecnologia pela UCB, 2011; é Perita Criminal desde 1993 e atua no IPDNA da PCDF.