O contato entre brasileiros e europeus se dá ainda hoje a partir de uma dialética profundamente ideológica. As impressões entre esses dois povos são ressonâncias de um discurso usado desde o século XVI, quando do primeiro contato entre portugueses e índios brasileiros. No século XVIII, esses discursos se tornaram mais abrangentes, já que os leitores europeus queriam saber o que havia fora da Europa. Os relatos de viagem foram, por isso, textos de grande circulação. Também neste século, a Inglaterra se constituía como potência global, de modo que os ingleses eram os maiores empreendedores de navegações ao redor do mundo. O porto do Rio de Janeiro era parada obrigatória dos viajantes ingleses a caminho da Ásia e da Oceania. Inúmeros relatos de viagem foram então produzidos sobre essa cidade. Atualmente, esses relatos são tomados pelo discurso histórico como documentos verossímeis. Diferentemente, a análise discursiva vem a discutir as construções que esses viajantes fizeram sobre não-europeus. Ou seja, enquanto diversos historiadores realizam um estudo fora do âmbito da linguagem, propõe-se aqui acioná-la como elemento constituinte central na interpretação dos eventos históricos.
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