Os proponentes da razão encarnada têm razões justificáveis para propor que reexaminemos os motivos em que se baseia toda a estrutura da nossa lógica e razão, dada a omnipresença do raciocínio metafórico e analógico, e o uso de espaços mentais e inferências práticas para ligar as ideias nos nossos processos lógicos e racionais. Os estudos em ciência cognitiva fornecem três descobertas empíricas cruciais sobre a natureza da mente humana. Primeiro é a natureza inerentemente encarnada da mente. A segunda é a natureza predominantemente inconsciente do pensamento humano. Terceiro é o carácter principalmente metafórico dos nossos conceitos abstractos. Há amplas evidências para mostrar que a nossa razão abstracta é o produto do nosso processo de pensamento imaginativo. Evidentemente, a metafórica elaboração e extensão de ideias envolve uma analogia estrutural que inclui as actividades correlativas dos componentes emocionais, imaginativos e cognitivos. Os nossos mecanismos imaginativos aproveitam-nos das estruturas dos esquemas de imagem e dos padrões inestimáveis de metáfora e metonímia que permitem a extensão e elaboração desses esquemas. Ostensivelmente, a razão humana é tão imaginativa quanto encarnada.