No início dos anos 80, sob a pressão das instituições de Bretton Woods, o Mali, tal como outros países em desenvolvimento, iniciou um processo de liberalização da sua economia, tanto a nível interno como externo. Este processo inscrevia-se no âmbito dos programas de ajustamento estrutural (PAE) elaborados e aplicados pelas instituições acima referidas. Ao atribuir, com base em especulações, as virtudes do desenvolvimento económico e social à liberalização económica, as instituições de Bretton Woods mergulharam a economia maliana numa lógica de "liberalização excessiva". Mais de trinta anos após o início do processo de liberalização da sua economia, e após a implementação de reformas estruturais com consequências sociais desastrosas, o Mali não parece estar a progredir na via do desenvolvimento. Mais grave ainda, a concorrência estrangeira destruiu o tecido industrial embrionário resultante dos esforços de investimento realizados durante a execução do primeiro plano quinquenal de desenvolvimento económico e social, que abrangeu o período 1961-1965.