A Certificação Socioambiental cresceu significativamente em fazendas produtoras de café no Brasil desde sua criação em 1998. Os produtos certificados carregam a mensagem que vêm de sistemas de produção que promovem mais desenvolvimento humano e mais conservação dos ecossistemas. Contudo, o processo de Certificação Socioambiental não mede diretamente essas diferenças. A ausência de avaliações de impactos pode acarretar questionamentos referentes às reais transformações decorrentes da certificação. Essa publicação apresenta uma analise comparativa entre sistemas de produção com e sem certificação de forma a obter o cenário contrafactual, isto é, qual seria a situação dos empreendimentos certificados se, hipoteticamente, não tivessem passado pelo processo de certificação. Os resultados afirmaram a importância da Certificação Socioambiental para promoção da conservação da biodiversidade e do desenvolvimento humano. Porém, não foram identificados impactos em alguns aspectos analisados. Esse estudo foi realizado pelo autor sob orientação do professor doutor Gerd Sparovek e foi viabilizado pela parceria da ESALQ/USP, Imaflora e Entropix contando em especial com Ana Lima e André Novaes.