O processo de globalização veio acompanhado por dinâmicas que provocaram uma reestruturação da arquitetura institucional, das modalidades técnico-operacionais, funcionais e gerenciais do sistema portuário mundial e brasileiro. A organização tradicional da circulação entre oceanos, portos e hinterlândias terrestres está sendo transformada por essas dinâmicas. No Rio de Janeiro, a reestruturação das estruturas de transporte de mercadorias foi caracterizada por uma multiplicação de objetos logísticos no interior, com destaque para os portos secos, que surgem como uma alternativa para agilizar os tramites burocráticos e, com isso, aumentar a fluidez de circulação das mercadorias. Sendo assim, o presente trabalho de pesquisa, objetiva entender como, sob a pressão conjugada de atores cujas escalas de ação e cujos interesses são diferenciados, emergem os arranjos espaciais que redefinem a organização e a natureza da hinterlândia, promovendo uma regionalização da atividade portuária, queestimula a Geografia Portuária a reformular seus questionamentos, suas abordagens e seus métodos de investigação.