Este estudo objetivou descrever e analisar o processo inclusão-exclusão social na trajetória de vida das pessoas em sofrimento psíquico, na pós-modernidade. A coleta de dados foi realizada em um projeto de geração de renda, por meio de entrevistas semi-estruturadas. A História Oral de vida foi usada como referencial metodológico e possibilitou a compreensão das histórias individuais, respeitando suas diferenças e seu caráter histórico. Participaram do estudo sete colaboradores, mas, neste trabalho, há seis histórias. Os dados foram interpretados, de acordo com a análise de conteúdo. Ao final das análises, verificou-se a complexidade da temática, pois a exclusão social não está apenas na segregação física das pessoas, mas sim em uma lógica de segregação que ultrapassa os manicômios. O estigma e o preconceito funcionam como barreiras para a inclusão social. A assistência em saúde mental deve priorizar intervenções que promovam o empoderamento, a cidadania, a autonomia, a criação depossibilidades, a produção de sociabilidades e de subjetividades e a produção de sentido de vida.