Desde 1998 o Enem tem se consolidado como um dos principais instrumentos não só de avaliação da educação básica, como também de candidatos que buscam ingressar na universidade. Uma dessas avaliações diz respeito ao nível de proficiência em leitura e escrita, habilidades que o Enem avalia quando solicita a escrita de uma redação. Um dos critérios contemplados na matriz de avaliação do exame refere-se ao investimento autoral do candidato. Logo, a capacidade do estudante de exercer uma autoria na redação, posicionando-se frente ao tema proposto é avaliada. Afinal, o texto instancia o lugar de dizer do candidato e reflete suas convicções a respeito do mundo e da cultura, num espaço enunciativo no qual, ainda que pese o caráter artificial do contexto de produção, ele se pretende autor. Para alicerçar este trabalho, buscam-se os conceitos de autoria elucidados por Michel Foucault, Roland Barthes, Mikhail Bakhtin e por outros autores como o brasileiro Sirio Possenti e sua noção de indícios de autoria. Tais noções contribuíram para a construção de uma matriz de avaliação específica cujos critérios servem para investigar marcas autorais e identitárias deixadas no texto pelo candidato.
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