Considerando os avanços relativos aos estudos da infância na contemporaneidade, bem como o surgimento de novos campos teóricos para o seu estudo, busco investigar neste livro os diferentes modos de ser criança a partir das relações por elas estabelecidas na escola. O principal objetivo foi o de compreender o que as relações de poder entre as crianças poderiam nos revelar a respeito das configurações que a infância pode assumir a partir das práticas discursivas e não discursivas produzidas no contexto escolar. A partir da perspectiva foucaultiana, procurei analisar as infâncias possíveis no modelo de escola disciplinar existente ainda hoje. Assim, algumas perguntas orientaram esse trabalho: Que infâncias estão sendo produzidas atualmente neste espaço destinado às crianças? Que saberes foram construídos sobre elas e que relações de poder as estão constituindo? Quando e por meio de quais mecanismos estas subjetividades foram e estão sendo instauradas?