O trabalho aborda o processo de transição nos planos de benefícios dos fundos de pensão nos países centrais a partir da dinâmica do capitalismo contemporâneo e a adequação dos portfólios de investimentos desses agentes à nova realidade. Para o caso brasileiro, o texto vai demonstrar que esses agentes viveram parcialmente esse processo, uma vez que a remuneração oferecida para a rolagem dos títulos da dívida pública brasileira propiciou a manutenção de portfólios de investimentos ancorados nesses ativos. Este quadro deve mudar com a redução sistemática na remuneração paga nas novas emissões do Tesouro Nacional e demandar alterações na dinâmica de gestão de investimentos. Em razão dessas perspectivas e das experiências observadas nos países centrais, o trabalho indica os serviços de infraestrutura como opção para diversificação do portfólio de investimentos dos fundos brasileiros, dadas as características de geração de receitas de longo prazo e os extensos prazos de maturação para tais investimentos.