David Lynch utilizou elementos de cunho expressionista e surrealista para a construção do seu último longa-metragem, Inland Empire (2006), filme caracterizado também por uma narrativa não linear, que encontra suporte no fluxo de consciência. Com a utilização desse recurso, Lynch rompe os limites espaço-temporais e monta o seu filme o fixando em uma lógica representativa e desordenada. Ademais, a estética corpórea de algumas personagens também serve de apoio para ilustrar estados oníricos e elementos como cores e como objetos que aparecem de forma recorrente perpassam a película com o intuito de igualmente sinalizar o transporte a uma ação imaginativa. Nessa perspectiva, faz-se pertinente analisar tal película, visto a inexistência de trabalhos acadêmicos referentes ao assunto citado. Sendo assim, este estudo visa a identificar os principais pontos referentes à narrativa e à estética do filme - a saber: o absurdo, o Doppelgänger; o fluxo de consciência, os elementos surrealistas eo corpo representado em Inland Empire.