O futuro dos cuidados de saúde está a ser repensado e surgiram novos paradigmas que colocam uma grande ênfase na centralidade no doente. Atualmente, está a ocorrer uma mudança no papel da relação médico-doente na tomada de decisões médicas e esperam-se grandes benefícios. A qualidade dos cuidados de saúde é uma questão social e a falta de adesão ao tratamento é uma realidade sempre presente, com consequências importantes para a saúde dos indivíduos e para as economias mundiais. Fortemente enraizado na Teoria da Autodeterminação, este estudo tem como objetivo identificar os antecedentes e os resultados do empowerment do doente, abordando as lacunas existentes nesta dimensão complexa. Ao ter em consideração o apoio do médico às necessidades individuais de autonomia, competência e relacionamento do doente como um fator de capacitação do doente e a sua influência no aumento da adesão do doente ao tratamento prescrito, esta investigação pretende responder à seguinte questão: "Podem os médicos moldar a direção da adesão do doente, estimulando a sua capacitação?"