Após sessenta anos de domínio colonial francês (1893-1960), a Costa do Marfim conquistou a sua independência a 7 de agosto de 1960, com uma população heterogénea composta por cerca de sessenta povos diferentes. Nada predispunha estes povos a um "destino comum" antes da colonização. Durante as três primeiras décadas da independência, a política de integração nacional adoptada por Félix Houphouët-Boigny e as tradições destes povos favoreceram uma relativa estabilidade política e social, propícia à unidade nacional. No entanto, desde a morte de Houphouët-Boigny, a Costa do Marfim mergulhou numa fratura social sem precedentes, ligada sobretudo a conflitos políticos e interétnicos e ao golpe de Estado de 1999. Como é que este país, durante muito tempo reconhecido como um modelo político, económico e social numa África em crise, se transformou numa verdadeira fratura social após a morte do Presidente Félix Houphouët-Boigny? Este livro convida os marfinenses, depois os africanos e os outros povos do mundo, a compreender a necessidade da questão da integração nacional nos Estados africanos pós-coloniais, em geral, e na Costa do Marfim, em particular.