A interlocução Saúde do Trabalho e Neurociência pressupõe o comprometimento cognitivo como objeto conformado junto ao nexo causal e ao dano, para consequente manejo do processamento emocional tipificado pela exaustão, despersonalização e baixa realização profissional. O reconhecimento do problema, no âmbito da Neuropsicológica, norteia o enfrentamento do comprometimento. Reconhecendo a capacidade cerebral de se reorganizar quando exposto a estímulos funcionais, a reabilitação Neuropsicológica promove recuperação funcional das funções cognitivas comprometidas na Síndrome de Burnout: pensamento, atenção, memória, linguagem, funções executivas, motricidade, sensopercepção. Neste estudo propusemos que a interlocução da Neuropsicologia com a Psicologia do Trabalho, no manejo clínico do processamento emocional de sujeitos acometidos por Síndrome Burnout, emerge da confluência dos modelos de avaliação de processos cognitivos, do modelo de três segmentos correlatos às fases de estresse de Selvye (1946), ao Cérebro Trino de McLean (1949), as variáveis do Maslach Burnout Inventory (1986) e as respostas fisiológicas adaptativas á agentes estressores (Darwin, 1872).