O presente trabalho aborda o processo criativo da interpretação musical por meio de uma visão histórica. São traçados alguns aspectos desse fenômeno nos séculos XVII, XVIII, XIX e XX. São ressaltadas algumas características e mudanças da prática musical ao longo do tempo, tendo como base as investigações históricas de Thurston Dart, Lydia Goehr, Carl Dahlhaus, e as considerações sobre a estética musical de Enrico Fubini e Edward Lippman. Essa parte culmina na exposição do pensamento de Igor Stravinsky, Arnold Schoenberg e Heinrich Schenker. Na segunda parte, são abordadas três correntes de pensamento sobre o fenômeno: a teoria da psicologia musical; a teoria dos símbolos; e a fenomenologia, centrando nos discursos de Martin Heidegger sobre a arte e de Roman Ingarden sobre a identidade da obra musical. Como conclusão é discutido o termo interpretação e sua aplicabilidade no ato de se tocar um instrumento musical.