A presente investigação visa suscitar um tema frequentemente praticado por dramaturgos durante a era da literatura perfeita caracterizada pela simetria e baseada numa lógica impressionante, na era clássica. Estudamos aqui uma tragédia secular que só o génio de Racine poderia inovar no seu tempo, entre os seus colegas na dramaturgia. Demonstramos nesta tese como a sua perspectiva em Phèdre não se limita à generalidade do acto teatral que é satisfeita pela distracção, instrução e entretenimento. Mas o dito criador Jansenista tenta transmitir ao informado, em verso lírico e movimentos patéticos, o terror e piedade envolvidos na mente do seu doente protagonista. De outros lugares, definimos o perfil de Eliacin como um poeta, filósofo e sociólogo que interpreta mitologicamente o retrato abismal da condição humana e da sua reflexão externa.Além disso, a ideia de analisar a adaptação fílmica desta obra-prima fazendo uma abordagem comparativa entre Phaedra no teatro e a sua performance fílmica não é lamentável, uma vez que os gritos da personagem se tornam mais claros no ecrã.