Ranavalona III, a última rainha de Madagáscar, não é nem uma fêmea fatal nem uma régua cruel. É vítima da barbárie de uma época: a época trágica do colonialismo e da escravatura de que o continente africano sofreu. Uma personagem de grande estatura com grande integridade e dignidade excepcional, encarna a alma malgaxe e habita os sonhos de todos os defensores dos direitos humanos. Ela expressa de uma forma autêntica os sofrimentos de gerações. Ranavalona III é uma obra histórica, iniciadora e útil para o conhecimento do passado - presente de África. Ensina-nos e enraíza-nos na memória colectiva africana, hoje fragmentada e truncada. A tragédia vivida pela última rainha de Madagáscar evoca o destino dos povos africanos após a perda da sua independência.