Nas últimas décadas, as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) têm assumido um papel central na esfera pública. A ampliação do interesse pelas OSCs veio acompanhada por críticas à sua atuação, tendo destaque os questionamentos sobre representatividade, impacto, transparência e sobre a sua própria legitimidade. Nesse cenário, esse livro parte da seguinte pergunta: quais são as justificações dominantes que embasam a atuação e a existência das OSCs, conferindo-lhes legitimidade? Para responder esta questão, as autoras realizam uma análise de conteúdo baseada em diferentes teorias de legitimidade e na Teoria da Capacidade Crítica (Boltanski & Thévenot, 2006). Desenvolvem então um quadro de análise para compreender as justificações dos 46 atores do campo social entrevistados na Região Sul do Brasil. Conclui-se que as dimensões pragmática e moral da legitimidade são predominantes, estimulando a adaptação das OSCs a padrões externamente estabelecidos, pondo em risco a pluralidade do campo. No intuito de fortalecer a legitimidade cognitiva, as organizações são incentivadas a interagir com o ambiente externo, fazendo compreender a razão de sua existência e atuação.
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