As lesões de células fusiformes da cabeça e do pescoço são bastante diversas e apresentam uma grande heterogeneidade clínica e biológica. Algumas lesões são malignas, enquanto muitas outras são benignas ou simplesmente reactivas por natureza. As células fusiformes, como os fibroblastos, os miofibroblastos, as células musculares lisas, os pericitos, os fibroblastos sinoviais e os miofibroblastos, são células constituintes normais do corpo. O diagnóstico de tumores com morfologia de células fusiformes é muitas vezes difícil devido à variedade de estruturas a partir das quais podem surgir. Estas neoplasias podem ter características patológicas únicas, sendo que os componentes de células fusiformes as tornam mais interessantes e desafiantes para os patologistas. As biopsias das lesões da cabeça e do pescoço são ainda mais complicadas devido à variedade de tecidos presentes neste local, à inacessibilidade e à quantidade limitada de material que pode estar disponível para estudo. A imunohistoquímica é uma ferramenta poderosa e económica aplicável à microscopia ótica. Esta abordagem, juntamente com a correlação clínica e radiográfica, permite uma classificação mais exacta destas lesões.