Em "Uma Teoria da Justiça", o filósofo John Rawls constrói uma soberba concepção de justiça que trata a distribuição de bens e riquezas sob pontos de vista da moral e da eficiência. Sua obra é um dos mais vigorosos trabalhos sobre filosofia política e moral do século XX. Neste livro examino, inicialmente, as ideias centrais de Rawls (o papel da justiça, bens sociais e o método que conduz à definição dos "Princípios de Justiça"). Para robustecer sua concepção, confronto argumentos de seus mais contundentes críticos, como Hayek e Nozick (contrários à concepções que exijam um Estado além do mínimo, constritor da liberdade individual), com os novos argumentos do próprio Rawls e de seus principais defensores, como van Parijs e Álvaro de Vita (que rebatem o libertarianismo com a proposta da ¿real liberdade a todos¿). Dworkin apresenta sua crítica como um aperfeiçoamento à teoria de Rawls, buscando corrigir a demasiada insensibilidade à ambição, à responsabilidade individual e escolhas). Esse debate forma uma base de conhecimento rica o suficiente para análise crítica dos motivos que levaram Rawls à sua definição de arquitetura social que melhor relaciona liberdade, igualdade e eficiência.