Nos últimos 35 anos, a suspensão desproporcionada de alunos negros do sexo masculino, em comparação com a de alunos brancos, deve-se principalmente à perturbação, à rebeldia e ao desrespeito. Verificou-se que três factores principais contribuem para esta tendência: preconceitos institucionais, preconceitos dos professores e incompatibilidade cultural. Trata-se de uma questão importante de equidade e, recentemente, tornou-se uma questão de direitos civis. A análise deste problema deve reconhecer o racismo como a causa fundamental da desproporcionalidade a nível institucional e sistémico. A Teoria Crítica da Raça (TCR) estabelece o racismo como uma caraterística fundamental da educação e a desproporcionalidade como uma manifestação dessa caraterística. Assim, a abordagem da desproporcionalidade tem de se basear na abordagem do racismo de forma explícita e, idealmente, a nível institucional ou sistémico. Este livro examina a sala de aula em busca de ideias e pistas sobre soluções baseadas na raça, num esforço para apoiar futuros esforços que explorem soluções baseadas na raça a nível institucional ou sistémico.