Composto de normas, sanções e processo, o Direito é um sistema de controle social formalizado e essencial à convivência humana. Com ele se decidem casos, se solucionam, pacificamente, conflitos entre pessoas. E, na conformação do direito, na disposição das normas, das sanções e do processo, especificamente do processo penal, a verdade sempre foi objeto de análise e fator influente. A verdade é, certamente, um daqueles mistérios (ainda?!) não desvelados pela mente humana. Os filósofos, os cientistas e os religiosos envidaram e continuam a empenhar imensuráveis esforços para defini-la. Mas, tudo muda. Nada é definitivo. A verdade de hoje, não é a de ontem, e, talvez, não será a de amanhã. A verdade, para alguns, está no objeto; para outros, na consciência. A terra já foi o centro do universo, e a física newtoniana suficiente, até a teoria da relatividade. O Salvador, Jesus de Nazaré, já esteve entre nós. O Salvador, segundo outros, nunca se fez em carne, sangue, suor e lágrimas. O Autor busca a compatibilização destas realidades a fim de que as soluções dos conflitos de natureza penal se deem em níveis humanos, sem exigir, para tanto, realidades por nos jamais experimentadas.