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O presente estudo tem como objetivo investigar a literatura alemã, principalmente dos primeiros anos após a Segunda Guerra Mundial e mostrar como surgiu e se desenvolveu o Grupo 47, formado por jovens escritores, em sua maioria ex-prisioneiros de guerra, que viam na literatura uma forma de recomeço e de ajuda à população para encontrar uma nova maneira de pensar, depois de terem passado pelas atrocidades da guerra. Dá-se atenção especial a esse grupo que, durante vinte anos, encontrava-se anualmente para apreciação das leituras de manuscritos dos componentes, apresentados em forma de colóquio. Aborda-se a literatura e os autores da época do regime nacional-socialista, com referência aos autores que, desgostosos com a política ditatorial de Hitler, exilaram-se no exterior e aos que permaneceram na Alemanha, onde muitos, vivendo uma espécie de emigração interior , deixaram de escrever ou dedicaram-se apenas a uma literatura de entretenimento, não livres da inspeção do regime. Günter Eich e Heinrich Böll, autores de representatividade na literatura alemã pós-guerra, são destacados em capítulos especiais neste livro.