"Lírica e Esquizofrenia" reage contra o monólogo da razão, contra a política de mapeamento, contra o regime universal de signos, e métodos similares, que insistem em aprisionar o estudo da literatura em identidades estáticas, rejeitando afecções na linguagem crítica. Neste trabalho, tanto a linguagem poética de Murilo Mendes, quanto o pensamento "esquizoanalítico" de Gilles Deleuze e Félix Guattari, produzem, num encontro de múltiplos movimentos, um campo aberto à produção de singularidades (produção de produção), de desvios, de encontros absurdos, numa perturbação do texto poético enquanto máquina delirante.