As abordagens acadêmicas sobre o Movimento Estudantil constituem uma querela historiográfica importante para a análise dessa categoria social. Nesse sentido, pensar o Movimento Estudantil enquanto categoria social não é uma tarefa simples, pois requer rigor metodológico na definição de seu significado, similar ao empregado na simples utilização conceitual precisa. O grande risco que se corre é o da utilização dessa categoria à parte da realidade, identificada como imutável e homogênea, atropelando a presença das tensões internas que contribuem para o desdobramento da luta externa que a sociedade presencia. O presente trabalho versa sobre esses pontos, que são importantes para traçar a atuação política dos estudantes, que marcaram forte presença na história recente de Feira de Santana, antes e após a criação da Universidade (UEFS) e junto a organização das lutas populares da cidade. O estudo navega pela transição política forçada, proporcionada pelo golpe militar do ano de 1964, aliando-se a análise do impacto que a mesma pode ter produzido na prática desses sujeitos enquanto estudantes da UEFS.