Malditos: estava escrito ou como escrever?
Escrita e destino em psicanálise e educação
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A escrita é um dos bens culturais dos quais dispomos, através dela podemos transmitir grandes bens da humanidade: experiências, fantasias, conhecimentos, modos de pensar e agir. A excitação de uma criança que está aprendendo a ler nos relembra quão valiosa ela é e, mais, quanto custa entrar no mundo letrado. É preciso recalcar as imagens, deixar a semelhança para entrar na diferença, remeter-se a uma lei para bem escrever. O caminho não é simples e não e trilhado por todos da mesma forma; há aqueles que nascem em meios letrados, acostumados com livros, revistas, jornais em casa...
A escrita é um dos bens culturais dos quais dispomos, através dela podemos transmitir grandes bens da humanidade: experiências, fantasias, conhecimentos, modos de pensar e agir. A excitação de uma criança que está aprendendo a ler nos relembra quão valiosa ela é e, mais, quanto custa entrar no mundo letrado. É preciso recalcar as imagens, deixar a semelhança para entrar na diferença, remeter-se a uma lei para bem escrever. O caminho não é simples e não e trilhado por todos da mesma forma; há aqueles que nascem em meios letrados, acostumados com livros, revistas, jornais em casa, há aqueles que nascem em meios iletrados, que poucas vezes viram livros ou jornais. O dito fracasso destes na tentativa de entrar no mundo letrado, por vezes faz deles malditos, cujo destino já estava escrito: "ele não aprende mesmo", "não consegue", muito ouvido em escolas e consultórios. Mas, como escrever se já estava escrito que ele não escreveria? Como ler se já era sabido que ele não leria? Com este livro colocamos em questão os problemas de aprendizagem na leitura e escrita afim de reabrir um horizonte de discussões sobre um bem tão caro a nossa sociedade: a escrita.
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