No carnaval do Recife, as nações de maracatu se preparam para desfilar. Ao baque dos bumbos, tambores, chocalhos e surdo, os brincantes vestem suas fantasias: reis, rainhas, damas do paço com suas calungas e outros personagens da corte real saem pelas ruas encenando um cortejo de coroação. É assim desde a época da escravidão. Os grupos de maracatu buscam reconstituir hábitos culturais que os povos africanos precisaram deixar para trás quando, à força, foram trazidos para o Brasil.