A rigidez arterial, avaliada através da medição da velocidade da onda de pulso (VOP), tem sido raramente estudada em doentes em hemodiálise. Trata-se de uma população em que prevalecem os factores de risco cardiovascular clássicos, aos quais se juntam factores específicos da uraemia. O objetivo do nosso trabalho foi detalhar os factores clássicos que determinam a velocidade da onda de pulso (VOP). A nossa população era constituída por 38 doentes submetidos a hemodiálise crónica através de uma fístula arteriovenosa ou de um cateter jugular. A duração média da hemodiálise foi de 29,21±24,56. A idade média foi de 49±13 anos (16-78 anos). Doze doentes eram hipertensos (31,6%). A PAS média foi de 127±19 mmHg, a pressão arterial diastólica de 79±13 mmHg e a PAM de 95±13,5 mmHg. A hemoglobina média foi de 9,20±1,66 g/dl. O cálcio sérico médio foi de 86±9 g/l. A fosforémia média foi de 49±15. A PTH média foi de 714±573 ng/l. Uma melhor compreensão dos factores que influenciam a rigidez arterial, para além dos factores de risco cardiovascular clássicos, permitirá intensificar a prevenção primária e secundária numa população imunocomprometida.