Tradicionalmente, as avaliações educacionais são utilizadas para classificar alunos como aptos ou não, criando um ciclo de aversão à avaliação que passa a induzir a discriminação, a negação e a exclusão. Os memoriais de trajetória formativa são um importante recurso no processo de ensino-aprendizagem por revelarem-se fontes de saberes e limitações, histórias, representações e ressignificações. Este estudo foi realizado com alunos de Graduação em Ciências Biológicas e se baseia no uso metodológico de relatos memorialísticos para composição de instrumentos de avaliação, a fim de esclarecer a seguinte questão: são os memoriais de trajetória formativa uma ferramenta para avaliação da aprendizagem? Criar um memorial não é uma tarefa fácil, no entanto, pode ser reveladora. Reviver memórias é tornar consciente as escolhas e os caminhos trilhados, facilitando a auto-descoberta e a conscientização sobre a formação pessoal e profissional. O professor que conhece profundamente seu aluno pode fazer uso deste conhecimento para preparar melhores avaliações, estando ciente da trajetória de cada discente pode fornecer às avaliações seu verdadeiro caráter formativo, processual e contextualizado.