O propósito deste estudo é conhecer como os sertanejos ensinavam e aprendiam ao longo da história de formação da sociedade barra-garcense, que foi sendo constituída a partir de todo um processo de migração, principalmente de nortistas e nordestinos que se deslocavam para a Região Central do Brasil, no período que vai da década de 1920 a 1970. No novo espaço era necessário organizar-se para enfrentar os desafios que lhes eram colocados e que iam desde a exploração da natureza para a construção de ranchos, passando pelas atividades de formação de pastos e de roças, até a garantia da criação e educação dos filhos. Nas primeiras décadas a educação formal era privilégio dos moradores que tinham condições financeiras, enquanto para a maioria das pessoas o acesso aos saberes ocorria de maneira informal. O acesso à educação formal era o sonho de muitos sertanejos que lutavam para construir uma vida melhor no sertão. No entanto isso só vai acontecer a partir do momento em que a região passou a ser desenvolvida, momento em que muitos pais passaram a não medir esforços para que seus filhos aprendessem, principalmente o processo de leitura, escrita e as operações matemáticas.