Em O alegre canto da perdiz as personagens retomam, por meio da memória, histórias várias que vão compondo a narrativa. Dentre essas estão a da colonização e da opressão feminina em vários níveis que ultrapassam a mera colonização. É através da saga de Maria das Dores que o leitor navega nas histórias de subjugação feminina, dos mitos fundadores, assim como a história da colonização de Moçambique. Portanto, este trabalho pretende levar à reflexão acerca da utilização da memória como recurso para a construção da narrativa, o que propiciará um melhor entendimento da escrita de Paulina Chiziane.