Este estudo analisa a natureza discursiva da publicidade e suas implicações retóricas para a transformação do homem em um objeto de consumo a partir da aparição do termo metrossexual na sociedade. Para tal análise, utilizamos uma amostra da revista Men¿s Health, que trata da vaidade masculina. Para o estudo da natureza discursiva da publicidade, utilizamos, entre outros, a Retórica de Perelman & Tyteca (2005) e, para o estudo da metrossexualidade, cujo criador é o jornalista e escritor inglês Mark Simpson (1994), recorremos a diversos artigos, matérias e pesquisas oriundos de sites, jornais eletrônicos e importantes revistas brasileiras, das quais, destacamos a Veja, a Época e a ISTOÉ. Pressupostamente, a inserção do termo metrossexual na publicidade ocorreu, principalmente, na tentativa de persuadir o homem contemporâneo a consumir, sobretudo, objetos para suprir a própria vaidade, um fato que, sem feminizá-lo, muito o aproxima de aspectos significativos e característicos do universo feminino. Ressalte-se importante diferencial: a masculinidade não é apoiada na beleza (como ocorre a feminilidade), mas na posse de bens e no status que tais objetos dão ao homem.