A partir de um viés antropológico e sociológico, este trabalho pretende estudar o ritual de ukanyi, traçando uma análise assente numa perspectiva comparativa entre os espaços rural e urbano num contexto da modernidade. Procura-se por um lado, compreender como este ritual, uma prática "tradicional" e decorrente do espaço rural é concebido e (re)significado no espaço urbano, este com um aparato de influências da modernidade; e por outro, como é que nos tempos que correm, à luz dessas influências o mesmo é (re)significado no espaço rural (conservador) de onde decorre. Busca-se analisar as tensões que envolvem essa (re)significação e suas implicações. Parte-se do pressuposto de que, tanto Macuane quanto Marracuene, fora da época de ukanyi, podem ser "lugares estáveis", que durante o tempo de ukanyi se transformam em "espaços instáveis", praticados, construídos pelas relações sociais, de ordem cultural, politica e econômica que ali se estabelecem. E assim, mhamba ya ukanyi configuraria a dinâmica desses espaços, apresentando-se como um mediador sociocultural por excelência. Este livro mostra-se relevante para acadêmicos e público, no geral, por apresentar outra visão dos rituais.
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