Com este livro pretende-se dar um modesto contributo para o corpus da crítica sobre a Literatura Moçambicana. Para o efeito, escolheu-se a obra em pauta por dois motivos: Pelo seu valor estético, parece injusto o silêncio que cobre o autor e a obra, ressalvando a Dissertação de Mestrado do Dr. Mallinda, único texto crítico debruçado sobre o tema. Julga-se adequado ao traço de interesse da pesquisa. As comunidades tradicionais africanas ágrafas, no geral, para "guardar", isto é, para a fixação do seu elemento cultural utilizam o mito como veiculo para essa fixação, tem-se dito. No exame que se fez ao mito, não se confundiu o mito com o valor social e cultural construído pelo imaginário da comunidade de referência, com o mito que constrói homens supostamente poderosos que comandam a história das olíticas ou a políticas das histórias. Esse mito existe, sem dúvidas, mas não é duradoiro; mais cedo ou mais tarde desmitifica-se quando o homem eleito e em torno de quem foi construído, o mito deixa de exercer o poder em sintonia com o comando dos espíritos do além.
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