A mobilidade estudantil é uma das principais estratégias de internacionalização das instituições de ensino superior, as quais têm vindo a investir intensamente em políticas diversas de atração e acolhimento académico. No contexto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, colocam-se problemáticas específicas e complexas no que diz respeito ao papel da língua portuguesa e das culturas nessa mobilidade, apenas parcialmente relativas à sua natureza de língua pluricêntrica: de que forma a língua portuguesa e as suas variedades regionais e nacionais surgem na mobilidade internacional de…mehr
A mobilidade estudantil é uma das principais estratégias de internacionalização das instituições de ensino superior, as quais têm vindo a investir intensamente em políticas diversas de atração e acolhimento académico. No contexto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, colocam-se problemáticas específicas e complexas no que diz respeito ao papel da língua portuguesa e das culturas nessa mobilidade, apenas parcialmente relativas à sua natureza de língua pluricêntrica: de que forma a língua portuguesa e as suas variedades regionais e nacionais surgem na mobilidade internacional de estudantes do ensino superior? Que representações das línguas e das variedades das línguas em presença podem ser identificadas? Essas representações apontam para discursos deficitários relativamente à variação ou, em oposição, para um entendimento da língua portuguesa, na sua diversidade intrínseca, como potenciadora de espaços dialógicos e de emergência de outras possibilidades de entender e observar o mundo, as sociedades e o conhecimento? Que desafios e potencialidades surgem do encontro entre diferentes culturas (pedagógicas, académicas, investigativas, epistemológicas ¿)? Será a heterogeneidade linguístico-cultural e pedagógico-académica considerada uma mais-valia ou um constrangimento? Em que aspetos e com que consequências e implicações individuais, sociais, linguístico-comunicativas e epistemológicas? Estas são algumas das principais questões abordadas neste livro onde se cruzam vozes de estudantes, professores, supervisores e instituições de Angola, Brasil, Moçambique e Portugal.
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Champs Didactiques Plurilingues : données pour des politiques stratégiques 14
Maria Helena Araújo e Sá é professora catedrática do Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro, Portugal, e coordenadora científica do Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores. É diretora do Programa Doutoral em Educação desta Universidade. Investiga nas áreas do plurilinguismo, intercompreensão e interculturalidade, em especial em contextos de formação de formadores. Paulo Feytor Pinto é professor de Português, investigador integrado do Centro de Estudos de Linguística Geral e Aplicada (CELGA-ILTEC), da Universidade de Coimbra, Portugal. Mestre em Relações Interculturais (1999) e doutor em Estudos Portugueses, especialização em Política de Língua (2008). Foi presidente da Associação de Professores de Português (1997-2011). Susana Pinto é Investigadora no Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (Departamento de Educação e Psicologia, Universidade de Aveiro, Portugal). Investiga nas áreas da supervisão e investigação interculturais, políticas linguísticas educativas e competências plurilingues e interculturais no ensino superior.
Inhaltsangabe
Planificação e práticas linguísticas educativas: Maria Helena ARAÚJO E SÁ, Paulo Feytor PINTO, Susana PINTO: Introdução-Milan PUH, Sabine GOROVITZ, Angela Erazo MUNOZ: Analisando o pluricentrismo do português na produção acadêmica no Brasil: um panorama a partir de três universidades brasileiras-Paulino Soma ADRIANO: Política linguística de convergência: o caso da integração académica e social dos estudantes angolanos em Portugal-Paulo Feytor PINTO: Política linguística pluricêntrica em aulas de Português Académico-Conceição SIOPA: Uma abordagem da escrita académica em contexto universitário moçambicano como instrumento de desenvolvimento e mobilidade-Carla Alessandra CURSINO, Francisco Calvo del OLMO: Português como Língua de Acolhimento no contexto acadêmico brasileiro: políticas e experiências da Universidade Federal do Paraná- Ideologias linguísticas das comunidades académicas: Ana Cecília Cossi BIZON, Leandro Rodrigues Alves DINIZ: "Esta prova é um chumbo ao ensino do português em Cabo Verde": ideologias linguísticas na exigência do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros para examinandos da CPLP-Maria Helena ARAÚJO E SÁ, Manuela GONÇALVES: Investigando entre línguas e culturas no contexto da formação doutoral... histórias à procura de autores-Susana PINTO: Quando falei do Tarabandu, as orientadoras perguntaram: o que é Tarabandu? Papel das línguas e culturas no desenvolvimento da investigação doutoral-Ana Raquel MATIAS: Como é que eu os oiço, como é que eu os entendo? Perceções dos docentes sobre inclusão linguística e social dos estudantes internacionais dos PALOP numa instituição de ensino superior portuguesa-Nilza COSTA, Betina SILVA-LOPES, Susana PINTO: Línguas e culturas na supervisão de estudantes de mestrado do Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla (Angola) em contexto de cooperação institucional internacional: a experiência de supervisores da Universidade de Aveiro (Portugal)- Gilvan Müller de OLIVEIRA: Posfácio: Onde nos leva esta língua? A língua portuguesa no espelho da globalização acadêmica
Planificação e práticas linguísticas educativas: Maria Helena ARAÚJO E SÁ, Paulo Feytor PINTO, Susana PINTO: Introdução-Milan PUH, Sabine GOROVITZ, Angela Erazo MUNOZ: Analisando o pluricentrismo do português na produção acadêmica no Brasil: um panorama a partir de três universidades brasileiras-Paulino Soma ADRIANO: Política linguística de convergência: o caso da integração académica e social dos estudantes angolanos em Portugal-Paulo Feytor PINTO: Política linguística pluricêntrica em aulas de Português Académico-Conceição SIOPA: Uma abordagem da escrita académica em contexto universitário moçambicano como instrumento de desenvolvimento e mobilidade-Carla Alessandra CURSINO, Francisco Calvo del OLMO: Português como Língua de Acolhimento no contexto acadêmico brasileiro: políticas e experiências da Universidade Federal do Paraná- Ideologias linguísticas das comunidades académicas: Ana Cecília Cossi BIZON, Leandro Rodrigues Alves DINIZ: "Esta prova é um chumbo ao ensino do português em Cabo Verde": ideologias linguísticas na exigência do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros para examinandos da CPLP-Maria Helena ARAÚJO E SÁ, Manuela GONÇALVES: Investigando entre línguas e culturas no contexto da formação doutoral... histórias à procura de autores-Susana PINTO: Quando falei do Tarabandu, as orientadoras perguntaram: o que é Tarabandu? Papel das línguas e culturas no desenvolvimento da investigação doutoral-Ana Raquel MATIAS: Como é que eu os oiço, como é que eu os entendo? Perceções dos docentes sobre inclusão linguística e social dos estudantes internacionais dos PALOP numa instituição de ensino superior portuguesa-Nilza COSTA, Betina SILVA-LOPES, Susana PINTO: Línguas e culturas na supervisão de estudantes de mestrado do Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla (Angola) em contexto de cooperação institucional internacional: a experiência de supervisores da Universidade de Aveiro (Portugal)- Gilvan Müller de OLIVEIRA: Posfácio: Onde nos leva esta língua? A língua portuguesa no espelho da globalização acadêmica
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