Este livro tem como objetivo propor uma leitura crítica sobre a figuração pós-moderna da identidade humana nas suas possíveis convergências com as linhas de pensamento de áreas como a teratologia, a zoopoética e a bioarte. Numa abordagem comparatista intermedial, foi explorado o tema do corpo a partir de motivos da monstruosidade e da metamorfose, bem como os limiares entre humanidade, animalidade e máquina, recorrendo, entre outros, a um intertexto já consagrado neste domínio composto por obras como a de Mary Shelley, Frankenstein, ou vários dos contos assombrosos de Edgar Allan Poe. O estudo desenvolvido centrou-se, em termos de corpus de trabalho, em duas obras poéticas do autor português contemporâneo, Luís Miguel Nava, designadamente, O céu sob as entranhas (1989) e Vulcão (1994), e na série televisiva Black Mirror (2011), com especial atenção para três episódios, ¿Be Right Back¿ (2013), ¿Playtest¿ (2016) e ¿Black Museum¿ (2017), escrita pelo argumentista britânico Charlie Brooker e propriedade da provedora audiovisual Netflix.
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