O início do Século XXI tem sido marcado por discussões expressivas sobre as mudanças climáticas, suas origens e suas implicações sobre a biodiversidade. Estudos recentes apontam para a percepção emblemática da relação entre as variáveis atmosféricas e a saúde dos seres humanos, sinalizando para a necessidade de se ampliar o entendimento das especificidades dessa relação para que medidas de mitigações que envolvam o uso de informações de tempo e clima possam ser adotadas pelos serviços de saúde pública e pela população em geral. Esta pesquisa buscou relacionar as características do clima e sua influência no desencadeamento das doenças coronarianas no compartimento da Borborema, no município de Campina Grande (PB) por um período de dois anos, ininterruptos. Trata-se de um estudo de bioclimatologia urbana que relaciona os aspectos do clima urbano e a sua influência na saúde da população. Os resultados não mostraram correlações com significância estatística relevantes entre a morbidade coronariana e as variáveis climáticas. Estes resultados confirmam parcialmente a hipótese de que a variabilidade climática na região pouco influi no desencadeamento e/ou agravamento das coronariopatias.