A civilização Dilmun, desenvolvida na margem ocidental do Golfo Pérsico, ca.3000-324 a.C., deixou pequenos vestígios da sua existência, entre os quais selos, que revelam cenas sociais e rituais. Os selos, encontrados nos dois principais centros da civilização, o Bahrein e a ilha de Failaka, no Kuwait, foram sobretudo concebidos e utilizados por mercadores que pretendiam carimbar os seus produtos. Em muitos selos Dilmun, aparecem formas quadradas ou rectangulares com hachuras, que em alguns casos podem ser santuários, caixas de armazenamento, portas, escudos ou jaulas para animais feitas com ramos de palmeira. No entanto, devemos excluir a madeira de palmeira para a construção de instrumentos musicais e mobiliário. Estes objectos podem ser construídos principalmente com madeira maciça. Relativamente ao mobiliário Dilmun, para além de algumas caixas de arrumação acima mencionadas, são representados muitos assentos e mesas fabricados com madeira maciça. A variedade de mobiliário representado nos selos inclui apenas bancos, cadeiras, tronos e mesas, uma vez que não existem sobreviventes, nem relevos, cerâmica pintada, modelos funerários, moedas, pinturas murais ou quaisquer outros artefactos que permitam expor mais provas.