Este trabalho focaliza as narrativas e práticas transfronteiriças dos habitantes da fronteira Foz do Iguaçu (Brasil) - Ciudad del Este (Paraguai), duas cidades historicamente marcadas pelo trânsito de pessoas e bens, membros da chamada Tríplice Fronteira, local de convergência das fronteiras internacionais entre Brasil, Paraguai e Argentina. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, que utiliza a história de vida como metodologia para atingir seu objetivo: mostrar a mobilidade como forma de habitar esta fronteira. O trabalho é enquadrado no âmbito dos estudos de fronteira socioculturais que, guiados por um interesse particular pelos habitantes da fronteira, pelas interacções, travessias e empréstimos, dão prioridade a uma visão de dentro, baseada na visão e concepção daqueles que a habitam, nas suas experiências e histórias.