O livro aborda a questão indígena no Brasil a partir de uma análise da política indigenista, coordenada pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), após controversa reestruturação do órgão em dezembro de 2009. Resgata também a memória do processo de inclusão desses povos nos programas sociais do Governo Federal, os quais passaram a acessar há cerca de 15 anos, tanto por demanda dos próprios movimentos indígenas, quanto por determinação da Agenda Social Governamental para a superação da fome e da extrema pobreza. O debate central recai sobre a discussão em torno dos desafios que permeiam o acesso dos povos indígenas aos direitos sociais, especialmente sobre uma renda de cidadania, a qual termina por conectá-los, direta e irremediavelmente, aos seus contextos locais e regionais, além do nacional e do global, por meio da lógica mercantil do capitalismo e na condição de cidadãos consumidores de baixa renda, um status que atualiza, em outros termos, a política integracionista estatal praticada no passado, aqui redefinida como "neointegracionismo".