Para além das práticas "comuns" de violência contra a mulher, pode-se falar de um tipo de violência praticada no interior dos colégios militarizados do Brasil: a violência de gênero às estudantes adolescentes. Essa realidade foi documentada via ativismo na internet pela página pública de Facebook "No Meu Colégio Militar", inspirada na hashtag #nomeucolegiomilitar. Nesses recintos há toda sorte de violências, mas é o recorte de gênero que se sobressai. Tais violências são recorrentes da permissividade com a qual a diretoria dessas escolas trata as denúncias que chegam até ela. Desta feita, apontamos que se faz urgente que haja um desinteresse dessa modalidade de ensino que entrelaça a educação civil com a educação militar, sob pena de formarmos pessoas através da discriminação, que, por normalizarem, reproduzirão opressões na vida adulta.