Considerando o contexto do consumo, a centralidade da comunicação e sua materialidade no mundo contemporâneo, a autora através de pesquisa etnográfica, busca fazer uma análise sobre o uso generalizado dos telefones celulares pelas crianças, como sendo mais uma das ferramentas, que parece reforçar a construção de redes de relações básicas para a sobrevivência cotidiana, especialmente, na mediação das relações familiares ou entre pais e filhos. O presente trabalho foi realizado por um viés interdisciplinar: Antropologia cultural/cultural material; Tecnologias de Comunicação e Educação. A autora acompanhou o cotidiano de onze crianças, entre 9 e 12 anos, em seu circulo social , pertencentes a famílias de camadas médias e com perfis socioculturais semelhantes, por um período de treze meses. A autora procura destacar, como as práticas de consumo, relacionadas aos celulares, vem influenciando essas crianças no círculo social ao qual pertencem, e como tais processos comunicacionais vem dando visibilidade a essas crianças para a construção social de sua autonomia. A presente obra destina-se à pais, professores, educadores, profissionais de marketing e de tecnologias em comunicação.