Nesta obra interpretamos a constituição e o funcionamento de Eloísa Cartonera como um acontecimento que ressoa na dimensão da memória discursiva, desatando uma ampla rede de filiações por identificação. Nessa direção, começamos por analisar não só as condições de produção da aparição de Eloísa, na Buenos Aires de 2003, mas também os modos pelos quais o trabalho do cartonero - um sujeito social que surge com força nesse contexto histórico, equivalente ao nosso catador de papelão - se inscreve no centro de produção desse coletivo, algo que ressoará posteriormente no funcionamento de outras cartoneras. Imediatamente, passamos a abordar aspectos do funcionamento de três cartoneras pioneiras - a própria Eloísa, Dulcineia Catadora em São Paulo e Yerba Mala em Cochabamba - interpretando que o fazer da primeira teria significado uma desestruturação-reestruturação de certas redes e trajetos no que se refere a práticas de publicação editorial. Como uma das conclusões, depreendemos que Eloísa retomaria a posição simbólica do cartonero e a re-significaria, sendo que isto parece operar como uma regularidade no funcionamento dos coletivos que estudamos.
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