Na Década de 80, os países do continente africano ao sul do Deserto do Saara foram submetidas à reformas socioeconômicas e políticas concebidas por duas grandes instituições financeiras, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial (BM). Tais reformas são os Programas de Ajustamento Estrutural (PAE). Esta "nova ortodoxia" dominante diminuiu papel do Estado como provedor de direitos sociais, estabeleceu um conjunto de premissas rígidas - introdução de taxas de utilização dos serviços como por exemplo na educação, na saúde e outros setores. Este livro demonstra o desafio e constrangimentos enfrentados pelos sistemas de saúde na mesma época em que se deu a explosão da epidemia do HIV/AIDS nesta região da África considerada pelos relatórios da UNAIDS como a mais infectada pelo vírus a nível mundial. A obra traz uma panorâmica da dinâmica destas reformas na luta cotra o HIV/AIDS num contexto em que função do Estado teve que ser redefinida.