Esta investigação sobre o carácter do aventureiro aborda-o à luz das obras de três escritores que marcaram fortemente a história literária do século XX: Henry de Montherlant, André Malraux e Pierre Mac Orlan. Pelo termo "aventureiro", queremos mostrar que ele ou ela é um homem ou uma mulher particularmente movidos pela curiosidade e um gosto pelo risco que o empurra para outro lugar em busca da felicidade, de um paraíso perdido. Esta é uma personagem que lamenta o passado, que tem uma concepção utópica de uma sociedade ideal e magnífica, que recusa a vida quotidiana banal, que quer satisfazer uma curiosidade que é ao mesmo tempo fútil e fértil. A fim de tornar este trabalho eficaz, colocamos seis romances em paralelo, inspirados no método semiológico de Philippe Hamon de ler o personagem do ponto de vista dos sinais, a fim de identificar a sua ideologia. No entanto, dada a diversidade dos trabalhos submetidos ao nosso estudo, a semiologia será realizada no campo comparativo de Pierre Brunel et alii a fim de evidenciar as relações, relacionadas ou não, entre estes textos a fim de os apreciar e de identificar as suas especificidades.